De transmissões totalmente imersivas, passando por combustíveis mais sustentáveis, até uma maior inclusão nas pistas, fizemos um exercício de imaginação sobre o futuro da Formula 1 inspirado pela Lenovo, uma Parceira Oficial de Tecnologia da Formula 1
A gente sabe que a Formula 1 é um esporte em constante evolução e com uma história de grandes inovações. Do design dos carros, passando por novos tipos de combustíveis e evoluções na transmissão de corridas, a história da competição se confunde com a da tecnologia. A Lenovo está impulsionando o processamento de imagens nas transmissões esportivas, trazendo toda a emoção para dentro dos lares das pessoas. Se hoje a gente já se sente próximo das pistas de uma maneira que não imaginávamos há algumas décadas, imagine no futuro.
Há 20 anos, por exemplo, era impossível imaginar evoluções como a suspensão ativa, a injeção direta, os pneus com melhor desempenho na chuva, o câmbio borboleta, o uso de fibra de carbono e os aprimoramentos nos motores turbo. Como, então, prever o que está por vir? Fizemos um exercício de futurologia com base nas tecnologias de ponta que já vemos hoje no mercado para responder a essa pergunta.
Se hoje, já sentimos uma enorme adrenalina ao assistirmos a uma corrida de Formula 1, imagina se pudéssemos ver tudo através do olhar do piloto? Com a tecnologia de realidade virtual proporcionando cada vez mais imersão, o futuro parece promissor nesse sentido e o sonho de acompanhar cada curva e a aceleração de pertinho pode se tornar realidade em breve.
E falando dos pilotos, os grandes protagonistas das pistas devem ser os mais beneficiados pelo avanço tecnológico. Hoje em dia, por exemplo, cada carro tem cerca de 30 mil sensores, que são usados para passar dados de telemetria aos mecânicos das equipes, assim como sensores espalhados pelas pistas da Formula 1. Mas, num futuro breve, é fácil imaginar que o tempo de latência no envio destas informações pode ser cada vez menor, possibilitando uma melhor performance do carro.
De acordo com um comunicado emitido pela Formula 1 em 2022, o investimento em novos combustíveis criados em laboratório pretende garantir que, até 2025, os carros sejam ainda mais rápidos ao integrarem biocombustíveis. Feitos a partir de rejeitos e biomassa orgânica, estes combustíveis podem diminuir cerca de 65% das emissões de gases gerados por derivados fósseis, como o petróleo.
Para 2026, a Formula 1 também está desenvolvendo, junto a seus parceiros, seu combustível mais sustentável até agora, alinhado à introdução de motores híbridos de nova geração, ou seja, motores que combinam mais de um tipo de propulsão. Nesse sentido, a competição acaba sendo um perfeito laboratório de desenvolvimento de tecnologias que visam minimizar a emissão de carbono.
A sigla ESG (Environmental, Social and Governance), que fala de sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa, já é um dos pontos mais fortes de discussão no mundo dos negócios e dos esportes, e essa preocupação está presente para a Formula 1 e para os seus parceiros. “O uso de tecnologias mais inteligentes pode fazer a diferença em um futuro mais sustentável. A Lenovo tem contribuído para tornar a Formula 1 mais sustentável por meio dos Serviços de Recuperação de Ativos da Lenovo, que possibilitam dar uma segunda vida aos equipamentos, além da reciclagem de tecnologia. Estamos comprometidos em zerar as emissões de gases de efeito estufa até 2050, alinhados com a iniciativa Science Based Targets. Este é o caminho para promover um futuro mais rápido e eficiente,” afirma Alice Damasceno, Diretora de Cidadania Corporativa da Lenovo, uma Parceira Oficial de Tecnologia da Formula 1.
Algumas das melhorias que podemos esperar do futuro espelham as evoluções que nós já presenciamos nos últimos anos. A suspensão ativa, por exemplo, que ajusta o nível dos chassis de acordo com as condições da estrada, fez sua estreia na Formula 1 nos anos 90, e atualmente é usada em veículos no mundo inteiro. Além do próprio conceito de aerodinâmica em veículos, com o uso de túneis de vento para aprimorar o desempenho por meio do design, reduzindo o impacto do ar nos carros. A categoria tem investido em tecnologias avançadas como Computational Fluid Dynamics (CFD).
Outra inovação mais recente é a aerodinâmica ativa, ou DRS (drag-reduction system), que permite que o piloto use as asas traseiras para reduzir o impacto aerodinâmico do carro. Esse recurso surgiu na Formula 1, mas atualmente pode ser encontrado em carros esportivos comerciais, tanto para aumentar a velocidade, quanto para melhorar a eficiência. Mais um exemplo de inovação que surgiu na competição e agora está presente nos carros comerciais é o KERS, Kinetic Energy Recovery System, sistema que usa a energia cinética provocada pelo piloto ao pisar nos freios para gerar energia elétrica.
Além de tudo isso, o uso de materiais como fibra de carbono para deixar o chassi mais leve sem perder a resistência também é um legado da Formula 1 para os veículos comerciais de luxo, assim como os motores turbo híbridos. Podemos ainda mencionar o uso de botões nos volantes, que permitem que o motorista acesse várias funções do carro sem tirar a mão da peça e aumentam sua sensação de segurança enquanto está dirigindo.
Além das evoluções tecnológicas, a Formula 1 também tem prestado atenção às evoluções sociais. Isso porque a principal novidade da competição em 2023 é a categoria feminina, chamada de “F1 Academy”, e liderada pela piloto espanhola Marta García da equipe Prema Racing.
Pensando em incluir mulheres na competição, a categoria foi criada pela Formula 1 para desenvolver e preparar jovens pilotos mulheres que possam progredir a níveis mais altos, como a W Series, F1, F2, e F3. Ou seja, o objetivo é que, em breve, tenhamos pilotos mulheres correndo na Formula 1. Mas essa não é necessariamente uma novidade para o esporte.
Nas temporadas de 1958 e 1959 da Formula 1, a italiana Maria Teresa de Filippis competiu em 5 Grandes Prêmios. Ela recebeu conselhos do pentacampeão Juan Manuel Fangio, que disse que ela “corria muito rápido, e se arriscava muito”, como contou Teresa em uma entrevista em 2006.
Quinze anos depois, outra piloto italiana, Lella Lombardi, disputou 17 corridas entre as temporadas de 1974 e 1976, se classificando em sexto lugar no Grande Prêmio da Espanha em 1975, e se tornando a única mulher até hoje a marcar pontos na Formula 1. Já em 1980, a sul-africana Desiré Wilson foi a primeira mulher a ganhar uma corrida de Formula 1! Isso aconteceu em um campeonato paralelo, no circuito de Brands Hatch, em West Kingsdown, Kent, na Inglaterra.
Porém, com o pouco incentivo esportivo, a participação feminina na competição foi diminuindo, e a última piloto a tentar se classificar para um Grande Prêmio da Formula 1 foi a italiana Giovanna Amati, em 1992 . Agora, com a F1 Academy, é esperado que se abram novas portas, ou melhor, novos boxes, para que mais mulheres cheguem à categoria principal nos próximos anos.
Afinal, a tecnologia não faz nada sozinha! A inclusão, a preocupação com o meio ambiente e o incentivo a um mundo mais justo e sustentável são as chaves que ativam o motor mais potente de todos: o futuro. E você? O que espera dos próximos 20 anos?
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