Duas irmãs protagonizaram uma história surpreendente no Reino Unido depois que a mais velha decidiu doar seu útero à mais nova para que ela pudesse ter filhos.
Um transplante de útero bem-sucedido foi realizado por uma equipe médica da Universidade de Oxford. Os médicos trataram uma paciente de 34 anos com um caso especial: ela não conseguia engravidar porque nasceu com um órgão reprodutor que não funcionava.
A mulher, cuja identidade não foi revelada, nasceu com a síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser (SMRKH), uma anomalia congênita rara que afeta o desenvolvimento do útero, das trompas de falópio e de todo o sistema reprodutor feminino.
Levando tudo isso em consideração, os médicos decidiram elaborar um plano meticuloso para realizar um transplante de útero, tudo com o objetivo de dar à mulher a oportunidade de ter filhos biológicos.
Tudo aconteceu depois que a irmã mais velha da paciente, de 40 anos, anunciou a intenção de doar o próprio útero. Ela sentiu que sua família já estava completa porque tinha dois filhos e não queria negar essa possibilidade à irmã mais nova.
As irmãs deram entrada no Hospital Churchill, onde duas equipes de cirurgiões assumiram a tarefa de retirar o útero da doadora e realizar o transplante na mulher de 34 anos.
A cirurgia exaustiva durou mais de 17 horas. Os resultados foram surpreendentes, marcando a conquista do primeiro transplante de útero registrado no Reino Unido.
Em seguida, as irmãs entraram no período de recuperação; mas a receptora precisou passar por exames frequentes para avaliar a condição do seu novo útero.
A cirurgiã e especialista em transplantes, Isabel Quiroga, comemorou o resultado do procedimento pelo significado que teve para a vida das duas irmãs.
“Ela estava absolutamente emocionada, muito feliz e desejando ter não um, mas dois bebês. O útero dela funciona perfeitamente e estamos acompanhando a evolução de perto”, disse a médica.
O procedimento deu tão certo que a mulher teve a primeira menstruação duas semanas após o transplante; o que confirmou que o corpo dela aceitou o útero sem problemas.
Os médicos explicaram que ela precisa continuar tomando alguns medicamentos durante a fase de recuperação. Além disso, ela foi alertada de que seu útero possivelmente será removido após duas gestações, já que o principal objetivo é proteger o estado de saúde da mulher no futuro.
Diante desse cenário, a mulher já está se preparando para ter o primeiro filho. Ela fez tratamento de fertilidade com o marido e eles possuem oito embriões em uma clínica especializada, para caso não consigam conceber os filhos naturalmente.
A BBC informou que a primeira mulher a ter um bebê após um transplante de útero foi registrada na Suécia em 2014, depois de ter recebido uma doação de uma amiga de 60 anos.
Estima-se que já tenham sido realizados cerca de 100 transplantes deste tipo em países como Estados Unidos, Suécia, Turquia, Brasil, Índia, Alemanha, França, entre outros. Estes procedimentos viabilizaram o nascimento de cerca de 50 bebês.
A história da mulher que doou o útero para a irmã mais nova emocionou o mundo como uma grande demonstração de amor.
Você também pode se interessar:
Lucas, um menino de 13 anos, superou todas as probabilidades e se recuperou após passar…
De transmissões totalmente imersivas, passando por combustíveis mais sustentáveis, até uma maior inclusão nas pistas,…
Diretoria da instituição tomou decisão após descobrirem que os estudantes estavam “matando” aula para gravar…
Equilibrar as expectativas para o futuro com as conquistas do presente é uma tarefa desafiadora…
Relatório da FMI indica que o rápido avanço da inteligência artificial pode impactar milhões de…
Nas últimas semanas, o governo vem enfrentando uma grave crise de violência e decretou um…