Esta seita de jejum é das maiores tragédias da história do Quênia e está chocando pessoas ao redor do mundo.
Pelo menos 90 pessoas perderam a vida depois que Paul Mackenzie, líder de uma seita no Quênia, incentivou seus seguidores a jejuarem para “conhecer Jesus”.
Os corpos foram encontrados em uma vala comum em uma floresta de 300 hectares e o número de mortos ainda pode crescer. Todas as pessoas eram membros da Igreja Internacional da Boa Nova.
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Paul Mackenzie trabalhou como taxista até 2003, quando começou a pregar. Em 17 de agosto daquele ano, ele criou sua igreja em Malindi e, ao longo dos anos, a seita cresceu para 3 mil fiéis.
O fim do mundo era o tema preferido do líder religioso em suas pregações. Mas ele também gostava de dizer que usar peruca e pagamentos online eram coisas demoníacas.
O extremismo desta seita sempre chamou a atenção das autoridades no Quênia, mas que fizeram muito pouco para deter Mackenzie. Na verdade, ele foi preso duas vezes por causa de suas ações na igreja.
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Em 2017, o homem foi preso por impedir que as crianças da igreja frequentassem a escola. Ele dizia que a educação não era reconhecida pela Bíblia e que os filhos dos seguidores deveriam estudar o cristianismo sob sua supervisão. Ele foi acusado de “radicalização” e administração de uma escola sem registro.
Mackenzie foi detido novamente em março, desta vez por causa da morte de duas crianças em sua igreja. Na ocasião, o líder da seita no Quênia pagou uma fiança de cerca de US$ 740 e foi solto. Agora, toda a verdade por trás da Igreja da Boa Nova está sendo revelada.
Após a morte das duas crianças, as autoridades começaram a investigar Paul Mackenzie. No dia 14 de abril, a polícia fez uma busca na floresta de Shakahola, local onde o líder convocou seus seguidores para jejuar até a morte.
As autoridades se depararam com uma cena horrível: 15 pessoas em estado avançado de desnutrição e desidratação que estavam morrendo lentamente para “conhecer Jesus”. Quatro dessas pessoas morreram a caminho do hospital.
Uma delas se recusou a comer e a beber água. Seus olhos estavam esbugalhados, de acordo com o relatório da polícia, e a pessoa mantinha a boca fechada com força para não interromper o jejum.
“Ele recusou totalmente os primeiros socorros e fechou a boca, recusando-se a comer porque queria continuar seu jejum até a morte”, disse Hussein Khalid, membro da Haki Africa, uma organização que alertou a polícia queniana sobre o que estava acontecendo na seita.
Desde a descoberta do crime, as autoridades encontraram 90 corpos. Mas, infelizmente, o número cresce diariamente.
A Cruz Vermelha tem relatos de 115 pessoas desaparecidas que faziam parte da seita. Já Paul Mackenzie afirma que a polícia encontrarão nesta floresta os corpos de mais de 1 mil pessoas que partiram para “encontrar Jesus”. A lista de vítimas também inclui crianças.
O líder da seita está sob custódia desde 15 de abril e deverá comparecer ao tribunal em 2 de maio.
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