12 homens foram selecionados para participar de um curioso experimento que busca melhorar as condições físicas dos astronautas no espaço
Durante dois meses seguidos, um grupo de voluntários ficará em camas especiais na clínica de Medes em Toulouse, na França. Uma equipe de pesquisadores vai analisar os efeitos da gravidade zero com o objetivo de encontrar atividades que melhorem o físico dos astronautas durante as missões espaciais.
A ausência da gravidade é uma condição altamente estudada porque tem impactos diretos nos organismos dos astronautas.
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Organizado pela Agência Espacial Europeia (ESA), o experimento selecionou 12 entre 3.000 candidatos que se inscreveram no programa.
Eles serão mantidos em camas inclinadas 6º para baixo com os pés para cima. Pelo menos um dos ombros sempre deverá estar encostado no colchão, mas pausas para refeições, banhos e para ir ao banheiro serão permitidas.
Os voluntários serão tratados como se fossem astronautas de verdade e, por isso, cerca de 100 pessoas (entre médicos e pesquisadores) estarão sempre monitorando o grupo.
Os 12 homens serão divididos em três grupos para que seja possível comparar os efeitos físicos em diferentes condições.
O primeiro grupo terá que praticar 30 minutos de ciclismo diários, mas deitados na cama, em uma bicicleta especial. O segundo grupo não fará atividades físicas, enquanto o terceiro terá que pedalar em uma centrífuga humana em movimento.
Os pesquisadores esperam determinar se a gravidade artificial criada pela centrífuga potencializa os efeitos do exercício físico realizado em uma bicicleta.
Os resultados obtidos no estudo serão cruciais para o futuro das missões espaciais e dos astronautas. Os cientistas esperam aprender mais sobre os efeitos da microgravidade em nosso sistema fisiológico.
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No entanto, o experimento não apenas fornecerá informações importantes para as missões espaciais, como também trará dados importantes sobre a aplicação de alguns métodos em pessoas idosas com um alto nível de sedentarismo e até mesmo com condições como a osteoporose.
Por fim, os homens ficarão em observação por três meses e espera-se que em 2024 outro grupo de voluntários seja selecionado para dar continuidade ao estudo.
Essa não é a primeira vez que a ESA realiza um estudo desse tipo. Em 2019, a agência pagou 16,500 euros de para 24 voluntários que passaram 60 dias deitados. O pagamento deste ano não foi revelado, mas não deve estar muito distante do que foi oferecido há quatro anos.
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