Tentar se comunicar com extraterrestres pode parecer divertido; no entanto, especialistas acreditam que isso pode colocar a humanidade em risco
Nos anos 1500, o encontro entre o velho mundo e o novo aconteceu quase por acaso. No entanto, nos dias atuais, cientistas e especialistas estão investigando se existe vida em algum canto no Universo além da Terra, só que os resultados podem ser tão positivos quanto mortais.
O debate sobre estabelecer contato ou não com seres extraterrestres existe há cerca de 60 anos de maneira formal. Nos últimos anos, a conversa se tornou mais necessária. Em abril de 2020, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos divulgou vídeos gravados por câmeras infravermelhas instaladas em aeronaves da Marinha. Alguns especialistas acreditam que as gravações captaram objetos voadores não identificados.
Tentar se comunicar com alienígenas, se é que eles realmente existem, pode ser extremamente perigoso para a humanidade. Para o físico Mark Buchanan, ex-editor das revistas científicas Nature e New Scientist, é preciso avaliar o risco com mais certeza.
Mas por que é necessário ter todo esse cuidado? A verdade é que quaisquer civilizações alienígenas que encontrarmos por aí provavelmente serão mais avançadas do que a nossa por uma simples razão: boa parte das estrelas em nossa galáxia é muito mais velha do que o Sol.
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Então, se houver alguma civilização por aí, ela será milhões de anos mais avançada do que a nossa. E isso pode ser perigoso caso estes extraterrestres tiverem uma cultura expansionista ou escravagista.
Ao mesmo tempo, há a ideia de que, se realmente há aliens tão evoluídos assim por aí, eles já deveriam ter nos encontrado faz tempo. E se já encontraram, simplesmente decidiram não nos atacar.
Embora as nações utilizem um protocolo e uma linguagem que não dê margem a interpretações errôneas para se comunicarem entre si, nós, terráqueos, devemos ter mais cuidado se quisermos entrar em contato com a vida extraterrestre.
Para Buchanan, é necessária uma regulamentação sobre o assunto em nível internacional, de forma que esse primeiro contato seja feito da forma mais sensata possível.
“A busca por extraterrestres atingiu um nível de sofisticação tecnológica e risco associado que precisa de regulamentação estrita em nível nacional e internacional. Sem supervisão, até mesmo uma pessoa – com acesso a uma poderosa tecnologia de transmissão – pode realizar ações que afetam o futuro de todo o planeta.”
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