Meios alternativos estão se tornando cada vez mais comuns já que o direito de interromper uma gravidez foi criminalizado no Texas
Um homem nos Estados Unidos decidiu processar duas amigas de sua esposa por ajudá-la a conseguir pílulas abortivas. Desde a revogação da decisão Roe vs. Wade, o aborto deixou de ser um direito em grande parte do país e, portanto, tornou-se ilegal.
O homem não aprovou a decisão de sua esposa de interromper a gravidez e, por isso, entrou com uma ação judicial contra as amigas por homicídio culposo.
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A lei impede que a esposa seja processada. De acordo com as leis do Texas, uma paciente grávida que fez um aborto não pode enfrentar responsabilidades ou penalidades criminais, civis e administrativas.
Esse é um buraco na nova lei antiaborto que continua benefeciando as mulheres que decidiram interromper a gravidez por meios considerados ilegais.
De acordo com o homem, as duas amigas de sua esposa “ajudaram a assassinar seu filho com pílulas abortivas obtidas ilegalmente”. A denúncia estipula que a mulher “abortou sem (seu) conhecimento ou consetimento”.
Desde a anulação da Roe vs. Wade, processos como este se tornaram comuns no Texas e, muitas vezes, resultam no divórcio do casal. Foi o que aconteceu neste caso.
O QUE AS MULHERES DIZEM
As duas mulheres, na companhia da outra que usou as pílulas abortivas, contestaram a denúncia. Elas pedem que o homem seja processado por invasão de privacidade e por violar a lei de acesso nocivo a computadores do Texas.
O homem admitiu em seu processo que soube do aborto de sua esposa porque leu suas conversas no celular pessoal, sem o consentimento dela.
Ele ainda fez capturas de tela das mensagens sem a autorização dos envolvidos nas conversas.
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No Texas, é possível processar quem acessou um computador, sistema de computador, celular ou rede de computadores sem autorização do proprietário. Nesse caso, o homem invadiu ilegalmente a privacidade de sua esposa e de suas duas amigas.
Como se não bastasse, a esposa ainda afirmou que, ao descobrir sobre o aborto, o marido ameaçou denunciá-la caso ela não se entregasse a ele “de corpo e alma”.
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