Novo método de pesquisa usado por um grupo de cientistas indica que planeta já superou temperatura média em comparação com níveis da era pré-industrial
Uma equipa de cientistas estabeleceu, por meio de um novo estudo, que a humanidade já provocou um aquecimento do planeta em 1,5 °C, valores que são medidos desde 1700.
Pesquisadores da Universidade de Lancaster e Leeds desenvolveram um método que oferece uma estimativa mais precisa da verdadeira contribuição dos humanos para o aquecimento global.
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O estudo utilizou como referência a mudança na temperatura global ocorrida antes de 1700, representando um período muito mais longo do que o utilizado atualmente, entre 1850 e 1900, conhecido como base pré-industrial.
Assim, a pesquisa analisou os registros de CO2 encontrados em bolhas de ar presas em núcleos de gelo, o que permitiu estabelecer uma linha de base de temperatura antes de 1700.
Esses registros datam de milhares de anos, muito antes da Revolução Industrial e dos efeitos das emissões de carbono geradas pela humanidade.
Andrew Jarvis, pesquisador da Universidade de Lancaster, garantiu que antes do período de referência já estava sendo causado um aumento na temperatura planetária.
“Usar estes dados iniciais de temperatura como base, como fazem os métodos anteriores, não só ignora o aquecimento que já estava em curso, mas também introduz uma incerteza significativa nas estimativas do aquecimento”, disse ele.
O Acordo de Paris de 2016 procura limitar o aquecimento abaixo de 2°C, mas a primeira meta é limitá-lo a 1,5°C.
O Observatório Europeu Copernicus revelou que 2024 será o ano mais quente já registado. Além disso, este seria o primeiro ano em que o planeta excedeu a sua temperatura média em 1,5°C em comparação com os níveis da era pré-industrial.
Hoje, o aquecimento global é a maior ameaça ao futuro da humanidade e os alertas sobre as consequências tornam-se cada vez mais evidentes.
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