Agência espacial dos Estados Unidos acredita que vida microbiana pode estar escondida sob as camadas de gelo do planeta vermelho
Cientistas afirmam que as antigas camadas de gelo de Marte podem ter funcionado durante muito tempo como um escudo para a vida microbiana, que aparentemente bloqueou a radiação cósmica.
O autor principal da teoria, Aditya Khuller, explicou ao DailyMail que a chave para a sobrevivência desses seres microscópicos seria a poeira dentro do gelo.
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A luz solar que atinge as camadas de gelo de Marte seriam suficientes para a fotossíntese ocorrer em poças rasas de água abaixo da camada congelada.
Os pesquisadores realizaram simulações virtuais para mostrar que esse processo é possível.
Estudo não é uma confirmação, mas sim a teoria mais provável
Khuller, que trabalhou como cientista planetário no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA , explicou que “esses bolsões de água são chamados de ‘buracos de crioconita’ e se formam quando a poeira e os sedimentos no topo do gelo derretem”.
Outro ponto que sustenta essa possibilidade é que o estudo observou a existência de algas, fungos cianobactérias e outras criaturas semelhantes a plantas nos buracos de crioconita na Terra.
“Se estamos tentando encontrar vida em qualquer lugar do universo hoje, o gelo marciano é provavelmente um dos lugares mais acessíveis que deveríamos procurar.”
Essas colônias de crioconita foram descobertas e estudadas em regiões da Antártida, Groenlândia e do arquipélago de Svalbard, na Noruega.
Entende-se que o gelo mais limpo possa ser o ambiente mais fértil para bolsas mais profundas de vida microbiana em Marte.
O estudo, publicado na revista Nature Communications Earth & Environment, destaca que a pesquisa não é uma confirmação definitiva de que há vida no planeta vermelho.
As observações de Khuller e sua equipe são um indicativo de qual é o local mais provável para achá-la.
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